Aos sessenta e dois anos Irene Flunser Pimentel, é considerada por muitos como a pessoas que mais conhecimentos tem sobre o regime salazarista em Portugal. Em 2007, viu o seu trabalho ser reconhecido ao vencer o maior galardão para um autor de língua portuguesa, o Prémio Camões.
“Ao erguer, a partir de 1932, o Estado Novo
corporativo, autoritário e nacionalista, António de Salazar declarou que estava
feita a «revolução legal», mas que faltava realizar a «revolução mental» ” para
isso, utilizou meios como a censura, o lápis azul tornou-se numa das marcas do
regime, mandou construir prisões politicas, o Campo de Concentração do Tarrafal
era a prisão mais temidas pelos presos políticos, apelidado de campo da morte,
dificilmente alguém saia da “aldeia farpada” com vida, nos julgamentos “os
advogados de defesa passavam para o banco dos réus”, era violada a
correspondência e os telefones eram postos sob escuta, com isto Salazar
pretendia “por um lado, dar aos portugueses uma única e determinada imagem de
um País e de um regime, pretensamente sem conflitos, problemas, miséria e dificuldades,
segundo a norma de «o que parece, é», tão do agrado de Salazar... por outro
lado, um propósito de despolitização e desmobilização cívica dos portugueses,
ao tentar impedir a tomada de conhecimento de alternativas sociais, culturais,
políticas e ideológicas ao Estado Novo”.
Abordando estes temas entre outros “Vitimas de
Salazar” conta histórias reais de homens e mulheres que não gostando do regime
vigente no País foram mortos ou torturados quase até a morte, mas felizmente
algumas resistiram e com isso contribuíram para a revolta e o fim do regime.
Um livro histórico, onde nada é romanceado, fatos duros mas reais. Saber da nossa histórica é imperativo, para que certas atrocidades não possam voltar a acontecer!
Um bom livro para quem gosta de história ou para quem quer ficar a conhecer melhor o regime que governou portugal de 1933 até 1974.
Boa leitura...